Um dos sintomas mais proeminentes na fase final é a perda quase completa da capacidade de comunicação verbal. A pessoa pode proferir poucas palavras ou sons incompreensíveis, perdendo a habilidade de expressar suas necessidades, sentimentos ou reconhecer a fala de outros. A comunicação passa a depender cada vez mais de pistas não verbais, como o toque, o tom de voz e as expressões faciais dos cuidadores, exigindo uma sensibilidade e paciência ainda maiores por parte de quem oferece o cuidado.
A perda da mobilidade física é outro marco significativo deste último ciclo. A capacidade de andar de forma independente diminui progressivamente, culminando na necessidade de auxílio total para se locomover, até mesmo para mudar de posição na cama. A fraqueza muscular e a rigidez podem se intensificar, tornando o corpo mais vulnerável a quedas e lesões. A dependência para atividades como vestir-se, alimentar-se e realizar a higiene pessoal torna-se total, demandando um cuidado físico constante e atencioso.
As dificuldades na alimentação e deglutição tornam-se preocupações centrais na fase final do Alzheimer. A disfagia, ou dificuldade para engolir, aumenta o risco de aspiração e pneumonia, exigindo adaptações na consistência dos alimentos e técnicas de alimentação cuidadosas. A perda de apetite e a dificuldade em reconhecer a comida também podem levar à desnutrição e à perda de peso, requerendo um acompanhamento nutricional especializado e estratégias para estimular a ingestão alimentar.
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