Qual o espaço vamos
ocupar?
Podemos ocupar vários espaços existenciais ao longo da vida.
No primeiro momento, protegidos de tudo no ventre de nossas
mães, em seguida nos deparamos fisicamente com um espaço amplo no horizonte do
universo.
Nos primeiros anos rodeados de proteção, cuidados, orientação
e muito carinho mostram-nos o caminho a seguir, construindo a nossa
personalidade, ocupamos o espaço social.
Quanto ao espaço memorial, ocuparemos de acordo com o
comprometimento de nossas escolhas, ações, atitudes e suas consequências.
Somos inocentes ao acreditarmos no palpável e visível, chegamos
até mesmo nos colocar no lugar do Criador de tudo e de todos, e nessa interpretação
ilusória estamos nos perdendo.
Com esse entendimento, direcionamos nossos olhos para ações e
atitudes, cada vez mais, objetivamente material, esquecendo totalmente da nossa
essência criada com tanto amor. Não nos importamos com as consequências das
atitudes compulsivas, o importante é ocupar um espaço ao alcance na
visibilidade de todos, desejamos o protagonismo, esquecendo que a existência só
tem um caminho, o início e o fim.
Sempre achamos que temos que reconsiderar os valores dos
nossos pais, aplicando-os em um outro formato na orientação de novos indivíduos,
permitindo o externo de inúmeras formas interferir na orientação.
Abrimos as defesas para o extinto latente em nós, esquecendo
dos sentimentos, emoções do nosso ser, que nos leva verdadeiramente a
felicidade e a realização.
Como questionar o resultado de tudo isso, se nos perdemos
nesse espaço físico ilusório criado por nós?
Mas, nem tudo não está perdido, com a benevolência do Criador,
há um espaço infinito de novas oportunidades em cada amanhecer, que nos permite
reavaliar, perdoar e continuar, só precisamos ampliar o nosso campo visual dos
espaços existentes, e escolhermos qual deles queremos ocupar.
Acreditem existem muitos espaços além do horizonte, que
podemos ocupar, basta sentir para ver.