quarta-feira, 13 de março de 2019

Até quando?



Precisamos rever nossas atitudes e ações diante das crianças.
Disponibilizamos celulares, vídeo games, elas ficam horas interagindo com terceiros que não conhecemos, em jogos de violência, que incentivam matar, brigar, lutar. Com livre acesso a internet, visualizam conteúdos que os colocam em questionamento ao que é ensinado em casa.
Antes mesmo de dar os primeiros passos já sabem com seus dedinhos minúsculos rolar a tela e clicar, ficam entretidos de tal forma que fazem birras se lhe tirar o aparelho. Muitas das vezes motivo de orgulho a inteligência da atual geração.

Será mesmo que estamos certos em adotar esse entretenimento para os nossos filhos e netos?

Hoje uma criança com pouco mais de seis anos, não interagem, estão sempre de birras, querem cada vez mais, respondem, querem os mesmos direitos dos adultos, estão perdendo a infância, estão impacientes, solitários e infelizes.
Será que temos mesmo que ficarmos surpresos com as tragédias e violências apresentadas, como essa de hoje, infelizmente?
Não seremos nós que estamos criando verdadeiros robôs que acreditam que tudo podem?
O celular não substitui as brincadeiras de rua, um minuto de prosa, reuniões a mesa nas refeições, a palmada corretiva na hora certa, nem mesmo justifica a nossa ausência no trabalho.

Ah! O trabalho, em dobro, para oferecer a eles tudo, será que estamos corretos?

Estão crescendo sem sentir e conhecer o verdadeiro valor das coisas, não aprendem que o dever vem antes do direito, queremos dar a eles total liberdade, mas com a nossa falta de tempo deixamos de ensinar o quanto é bom, fazer novas amizades, brincar, trocar carinhos. Estamos deixando a inteligência artificial nos substituir, e o entendimento doentio do resultado da última década os influenciar e os criar.
Não se amam, nem se aceitam, estão o tempo todo transformando suas características físicas. O emocional sustentado na ostentação, modinha e liberdade para não serem excluídos da turminha.

Até quando?


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